A constante busca por aumentar a competitividade e fazer crescer as disputas dentro das pistas movimenta a Fórmula Truck na 20ª temporada de sua história. As principais modificações e que começam a valer já neste domingo, na abertura, estão na maior valorização da primeira parte da prova. Agora, o ganhador dos primeiros 28 minutos receberá os mesmos 25 pontos do vencedor da segunda metade – com no mínimo os mesmos 28 minutos – das corridas realizadas em dez autódromos diferentes do Brasil. Assim, em vez de dez serão 20 corridas no ano. A abertura está marcada para domingo, dia 1º de março, no Autódromo Ayrton Senna, em Caruaru, Pernambuco.

Com a segunda metade valendo os mesmos pontos da primeira, o tempo será zerado pela cronometragem para o início da segunda prova do domingo. Além de estar mantido o ponto extra dado ao pole position, a partir de agora os pilotos que fizerem a melhor volta, na primeira e na segunda corridas, também ganham um ponto. Na série de modificações para esta temporada, que promete muita emoção a pilotos, equipes e, principalmente aos fãs da Fórmula Truck, a pontuação passa a premiar os 20 primeiros colocados.

O vencedor de cada uma das corridas receberá 25 pontos, o segundo 22, o terceiro 20, o quarto 18, o quinto 16, o sexto 15, o sétimo 14, o oitavo 13, o nono 12, o décimo 11, o décimo primeiro 10, o décimo segundo 9, o décimo terceiro 8, o décimo quarto 7, o décimo quinto 6, o décimo sexto 5, o décimo sétimo 4, o décimo oitavo 3, o décimo nono 2 e o vigésimo colocado 1 ponto. Com isso se atinge um total de 53 pontos distribuídos por etapa. No ano passado o mais veloz no geral já recebia esse bônus de um ponto. Apesar de as duas provas terem a mesma pontuação, o pódio será formado somente pelos cinco primeiros da segunda corrida do dia.

Também ficou definido que na sexta-feira os pilotos terão direito a três treinos de 45 minutos cada um. No sábado haverá um treinamento de 30 minutos que servirá para definir os dois grupos (A e B) do classificatório, que terá três sessões. A primeira, de 15 minutos, forma o Grupo A com os caminhões das posições ímpares (1º, 3º, 5º, 7º, 9º, 11º, 13º e daí em diante) do treino anterior. O Grupo B, com os mesmos 15 minutos de duração, reunirá os pilotos que terminarem nas posições pares (2º, 4º, 6º, 8º, 10º, 12º, 14º e daí em diante).

Os cinco mais velozes de cada grupo (A e B) estarão classificados para o Top Qualifying. Depois de 10 minutos, com todos juntos na pista, será definido o pole position da etapa. Os pilotos que não ficarem entre os cinco primeiros em cada série terão a ordem de largada definida pelo melhor tempo e serão alinhados a partir do 11º lugar, de acordo com os tempos obtidos nas duas primeiras sessões do treino, pois as cinco primeiras filas do grid já estarão garantidas aos classificados para o Top Qualifying.

Outra importante mudança nesta 20ª temporada da Fórmula Truck é o descarte obrigatório do pior resultado da temporada. É proibido descartar ausências nas provas, ou aquelas com desclassificação ou exclusão. Também está vetado descartar a décima e última corrida da temporada. Além disso, está definido no regulamento que para a prova entrar na relação das válidas para descarte, o piloto será obrigado a passar, pelo menos uma vez, pela linha de chegada.

Mas as alterações não se restringiram somente à pontuação dos pilotos. Entre as marcas (Iveco, Ford, MAN Latin America, Mercedes-Benz, Scania e Volvo) em vez dos três melhores, como ocorria até 2014, agora serão somente os dois mais bem colocados no final das duas provas, somados os pontos da pole e da melhor volta na primeira e na segunda corridas. Estão mantidas a entrega de troféus ao pole position, aos cinco melhores pilotos da última prova do dia e à equipe mais organizada, que continua a ser eleita através de votação de jornalistas locais.

O Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck tem a supervisão da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) e patrocínio master da Petrobras e Crystal. As fabricantes de caminhões são Iveco, Ford, MAN Latin America, Mercedes-Benz, Scania e Volvo.

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Texto: Milton Alves
Crédito da Imagem: André Kotoman