Os caminhões de corrida são desenvolvidos a partir de um modelo normal que sai da linha de produção das montadoras. Mas as transformações para deixá-los em condições de competitividade são muitas e exigem tempo e muito conhecimento. Os motores, por exemplo, chegam quase a triplicar a potência após as modificações. Para chegar a este resultado os preparadores mexem no curso do virabrequim, aliviam o peso das bielas, dos pinos e do pistão. No final, há uma redução de peso de quase dois quilos por cilindro. O comando de válvulas é substituído por um mais apropriado, além de outras modificações no próprio motor e também no sistema de embreagem, que perde muitos quilos.
Além das mudanças para aumentar o desempenho do motor – que sofre um pequeno reposicionamento sobre o chassi para melhor distribuição do peso do veículo – há uma total transformação no sistema de suspenção, com o caminhão mais próximo ao solo e com maior estabilidade para andar em altas velocidades. O revestimento interno da cabine e dos painéis de porta é retirado. O painel de instrumentos do caminhão desaparece e dá lugar a aparelhos de precisão necessários para um veículo de corrida. Volante, bancos e cinto de segurança são substituídos por outros de competição e a cabine recebe um santo-antônio com tubos de aço (equipamento que protege o piloto no caso de acidentes). A transformação de caminhão de rua para de corrida passa ainda pela redução das longarinas do chassi e alteração na distância entre-eixos. Atualmente participam da Fórmula Truck caminhões das marcas Ford, Iveco, Mercedes-Benz, Scania, Volkswagen e Volvo.