A sexta-feira de treinos livres em Goiânia (GO), preparatórios para a quarta etapa da Fórmula Truck, foi de muito trabalho nos boxes do único piloto gaúcho na competição. Com a 14ª melhor volta na primeira sessão, 11ª na segunda e 13ª na geral, Régis Boessio está longe dos oito melhores tempos que garantem presença no treino classificatório ao Top Qualifying que define o pole position neste sábado. O alento para Boessio é que os caminhões ditos ‘grandes’ estão sobressaíndo-se aos ‘menores’ no circuito, ou seja, melhorando a condição do seu Mercedes e a pista propiciará um bom desempenho.
A Fórmula Truck viveu nesta sexta-feira (1º) um dos dias de treinos mais equilibrados de sua história. Os três pilotos mais rápidos na programação que abriu a disputa do GP Petrobras, quarta etapa do Campeonato Brasileiro, terminaram as sessões livres separados por um centésimo de segundo. A volta mais rápida do dia no Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Goiânia, foi do paranaense Leandro Totti, da ABF Racing Team.
Totti, que compete com um Mercedes-Benz, cobriu os 3.835 metros do circuito em 1min47s253, tempo apenas 13 milésimos de segundo mais rápido que o de Leandro Reis, piloto de Goiânia que colocou seu Scania na segunda posição no resultado geral dos treinos. O paulista Roberval Andrade, primeiro colocado na sessão disputada pela manhã, fechou o dia em terceiro lugar com o Scania da Ticket Car Corinthians Motorsport, a 0s016 do líder.
A alta temperatura verificada durante os treinos levou as equipes da F-Truck à adoção de uma linha de trabalho mais cautelosa.
À frente das transmissões das etapas da categoria desde 2002, Téo José exalta volta da categoria à sua cidade
O GP Petrobras dará sequência à disputa pelo título nacional da 17ª temporada da história da categoria no Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Goiânia. A cidade que recebe o evento é representada não só pelos pilotos José Maria Reis e Leandro Reis, mas também em sua ligação mais direta com o público de todo o Brasil – a televisão.
A etapa goiana, com largada às 13h05, será transmitida ao vivo para todo o Brasil pela Rede Bandeirantes, em HD. A narração da prova é do goiano Téo José, que há 10 anos empresta sua voz às transmissões das corridas pela categoria. Atuando no automobilismo desde 1986, seu currículo até a chegada à F-Truck incorporava transmissão de F-Ford, F-Mundial, F-Indy e F-3, onde fez sua estreia como narrador em 1990, na pista argentina de Rio Cuarto.
Enaltecendo o sucesso da Fórmula Truck como evento esportivo, com sua média de público superior a 40.000 pessoas, Téo vê no equilíbrio técnico entre as seis marcas de caminhões que compõem o grid uma das razões da categoria ter posição de destaque inclusive no cenário internacional. Esse é um dos pontos em que o narrador enaltece os méritos do criador da competição, o ex-caminhoneiro Aurélio Félix, que morreu em março de 2008, aos 49 anos.
“O Aurélio entendia muito de mecânica de caminhões, e isso facilitou a criação de um regulamento técnico que permitisse isso. Nós temos caminhões diferentes, de pesos diferentes, potências diferentes, e todos no mesmo ritmo, competitivos. Isso é mérito do Aurélio, porque ele sempre deu voz às equipes e às marcas para opinar no regulamento, mas a palavra final era dele. Por isso a coisa funcionou e dá certo até hoje. E vai dar sempre”, pondera.
Lembrando o que define como “pulso firme do Aurélio”, Téo revela um ponto de vista adicional para o que entende ser uma das chaves do sucesso de eventos esportivos. “Todo evento, para dar certo, para ser sucesso, precisa ter um dono. Não uma associação, uma entidade, mas um dono. Foi assim com a Truck, como foi com o Mundial de Motos, com a Indy, a Fórmula 1, sempre com uma organização no comando, mas a figura de um dono é fundamental”, diz.
O narrador chama atenção para um ponto diferencial que vê na Truck. “É a categoria que mais se preocupa com o público. Na Truck a corrida faz parte de um show, de uma grande programação. Há uma preocupação com os autódromos, a própria categoria contribui com manutenção e reformas, sempre que possível há arquibancadas cobertas, os shows pirotécnicos. Há quem diga que a Stock Car é a Nascar brasileira. Eu discordo disso, acho que a Truck se assemelha muito mais à proposta de eventos da Nascar”, opina.
O Grande Prêmio Petrobras, neste domingo, será a 95ª corrida de Téo José na narração da Truck. Sua estreia na categoria deu-se na segunda etapa do campeonato de 2002, em Guaporé. “Eu fui à primeira corrida, em Caruaru, para conhecer a categoria. Na segunda, minha estreia, cheguei ao autódromo a pé e me assustei, pensei ‘caramba, como é que eles colocam tanta gente num autódromo com uma categoria brasileira?’. Me surpreendi”, relembra.
A programação do GP Petrobras, em Goiânia, reserva duas sessões de treinos livres para a manhã deste sábado (2), a partir das 8h30 e das 10h30. A tomada de tempos classificatória, começando às 13h30, será transmitida ao vivo pelo site formulatruck.com.br. A corrida de domingo terá largada às 13h05 com transmissão ao vivo da Band. A narração é de Téo José, com comentário de Eduardo Homem de Mello e reportagem de Luiz Silvério.
Nesta sexta, consideradas todas as voltas cronometradas nas duas sessões, os melhores tempos de volta de cada piloto foram os seguintes:
1º) Leandro Totti (PR/Mercedes-Benz), ABF Racing Team, 1min47s253
2º) Leandro Reis (GO/Scania), Original Reis Competições, 1min47s266
3º) Roberval Andrade (SP/Scania), Ticket Car Corinthians Motorsport, 1min47s269
4º) Wellington Cirino (PR/Mercedes-Benz), ABF/Mercedes-Benz, 1min47s911
5º) Geraldo Piquet (DF/Mercedes-Benz), ABF/Mercedes-Benz, 1min48s108
6º) Beto Monteiro (PE/Iveco), Scuderia Iveco, 1min48s478
7º) Adalberto Jardim (SP/MAN-Volkswagen), AJ5 Competições, 1min48s528
8º) Renato Martins (SP/MAN-Volkswagen), RM Competições, 1min48s560
9º) Danilo Dirani (SP/Ford), Ford Racing Trucks-DF Motorsport, 1min48s593
10º) João Marcos Maistro (PR/Volvo), Clay Truck Racing, 1min48s604
11º) Felipe Giaffone (SP/MAN-Volkswagen), RM Competições, 1min48s669
12º) Fred Marinelli (SP/Iveco), Marinelli Competições, 1min48s843
13º) Régis Boessio (RS/Mercedes-Benz), ABF Desenvolvimento Team), 1min48s926
14º) Pedro Muffato (PR/Scania), Muffatão, 1min49s089
15º) José Maria Reis (GO/Scania), Original Reis Competições, 1min49s197
16º) Luiz Lopes (SP/Mercedes-Benz), ABF Racing Team, 1min49s362
17º) Valmir Benavides (SP/Iveco), Scuderia Iveco, 1min49s589
187º) Paulo Salustiano (SP/Volvo), ABF/Volvo, 1min49s634
19º) Débora Rodrigues (SP/MAN-Volkswagen), RM Competições, 1min49s734
20º) André Marques (SP/MAN-Volkswagen), RM Competições, 1min49s815
21º) Luiz Pucci (ARG/Volvo), ABF/Volvo, 1min50s990
22º) Diumar Bueno (PR/Volvo), DB Motorsport, 1min51s417
23º) Pedro Gomes (SP/Ford), Ford Racing Trucks-DF Motorsport, 2min28s867
Média do 1º: 128,723 km/h
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Texto: Grelak Comunicação
Imagem: Orlei Silva